15 de abr. de 2010

Fictização da Vida...

Estava lendo um artigo sobre o filme, que citava o tema epigrafado. Além do ineditismo ora apresentado, me chamou a atenção uma abstrata suposição: Como seria se pudéssemos fictalizar a nossa própria vida? Ou seja, se pudéssemos contar em uma estória, fatos reais da nossa própria história?

Concordo que soa demasiadamente filosófico esta autoindagação, entrementes, não deixa de ser no mínimo surreal pensar isso. Poder transcrever nossa vida... Daí,surgem os pensamentos: O que iríamos suprimir? O que potencializaríamos? O que seria esquecido? O que mereceria destaque e por fim: o que alteraríamos?

Será que dissertaria sobre os antagonismo dicotômico típico do estado pubertivo, onde nos vemos em paixões súbitas, alucinantes, avassaladoras? Será que todo o período pueril, de onde oriunda não muitas lembranças, seriam potencializados? Os medos? as advertências? Os primeiros brinquedos? A Bárbie? O primeiro carrinho controle remoto? (Eu mesmo nunca recebi o meu até hj...rs...).

Destarte, passadas estas indagações, vislumbro que poderíamos cristalizar uma série de fatos de nossa vida. Tornar bandidos em mocinhos e vice-versa, poderíamos tornar pais ausentes em participantes ativos de nossa vida cotidiana, agindo diretamente no nosso crescimento-amadurecimento até termos condições de andarmos com as próprias pernas,(fortalecidas ou não por eles). Termos a capacidade de gerenciar e inferir nossa auto suficiência, dando-a um toque todo pessoal, mesmo quando fosse uma "cagada descomunal".

Bem, diante deste cenário pseudo empírico, percebi que tudo é fruto de minha fértil e pouco produtiva imaginação. Nem os mais ativistas espíritas poderiam ver a vida por este prisma, tornando-a um conto pós vida ou paralelo a vida desfrutada concomitante a real, fatídica e verídica.

Limitados a todo este exposto, não partamos para a fictalização da nossa vida, vamos torna-la um conto... um romance, um best seller, uma obra prima, algo que é recheada de tramas, finais felizes, recomeços, começos, finais tristes, e um emaranhado de cenas de ação, onde a rotina não tem vez e a dinâmica se tornou a tônica.

É assim que quero viver... o que foi bom, é relembrado. O ótimo, inesquecível. O ruim, fruto de aprendizado. O péssimo, será cicatriz de aprendizado.

Abraços a todos!!!

Um comentário:

  1. Teu post me fez lembrar o quanto eu desejei contornar de hidrocor colorido as fases mais alegres da minha vida, decalcar como criança tudo o que mais gostamos, colorir com giz de cera as figuras inesquecíveis...como eu gostaria Mas a vida segue a fio com choros e risos e como passa rápido. Ontem falava sobre abril, que começava e hoje já estamos na metade dele... A gente aprende...eu tô chegando lá!
    E sabe? como é bom ter amigos, te adoooooro ^^

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