5 de nov. de 2010

Ele.

Ele tem 56 anos!

Tem 2 datas de nascimento!

Tem 3 filhos ( pelo menos, eu acho!)

Vive com um sorriso fácil! irradiante!! Aproxima, apaixona, inebria quem o conhece!

Ele, é um homem respeitado.

Foi ator do teatro amador de Pernambuco, assisti um ensaio, certa vez, numa madrugada de uma sexta feira, em julho, num bairro chamado Coelhos, em meados da decada de 80.

Foi contador, professor, bancário, consultor, ... hoje é um pastor e presidente de uma associação comercial numa cidade pequena na zona da mata sul.

Ele é pastor!

Pastor de muitas pessoas... amigo, confidente, conselheiro, ele tem sempre um conselho "fast food" na ponta da língua.

Ele, consegue cativar... consegue ser uma pessoa em que se deve confiar. Quando se conhece ele, parece que o conhece há anos... que é amigo de longas datas. Isso é bom... as vezes... nem tanto.

Ele...

Ele é pai... deixou um legado de 3 filhos, cada um deles, possui fragmentos peculiares dele.

Risos, lágrimas, alegrias, conquistas, reconhecimento, sucesso, prazer em estar junto.. Ele consegue extrair com exatidão tudo isso.. concomitantemente!

Ele... é uma pessoa singular!

Ele, completa 56 anos hoje... e no dia 08 de novembro ( como bem elucidamos supracitadamente no inicio deste post biográfico não autorizado.)

Ele, será eternizado, em mim, e em cada um de seus herdeiros...

Ele...lgms...

Ele...

Ele... É MEU PAI!

Feliz aniversário,meu velho!

Amamos você!

O Filho Da Guerra...

Certa vez, uma guerra que acabara de terminar, onde milhares de filhos, retornam aos seus lares ( e outra dezenas de milhares, não voltaram...), emocionados, traumatizados com a experiência traumática por eles vivida, Regressam regozijados a seus respectivos lares, e, um desses milhares de jovens, faz o primeiro contato com seus pais...

Alô, Mãe, sou eu...

A Guerra acabou, estou voltando para casa, so queria saber se posso voltar com um amigo... Ele está ferido, teve a perna amputada por um ferimento na guerra...

Eu posso acomoda-lo em nossa casa?

Doravante, vem a surpresa geral: a Mãe surpreendida pela noticia dada, indaga ao marido pela sua opinião, tendo em vista ter de acolher um deficiente da guerra...

A resposta dos pais, foi categorica...

Filho, em nossa casa, não ha como receber seu amigo, ele está amputado e não temos como permitir que ele more conosco.

O Filho da guerra silenciosamente, despede-se dos pais... e desliga o telefone.

Dias mais tarde, encontraram o mesmo rapaz, ele suicidou-se na mesma noite em que conversara com seus pais sobre o retorno do pseudo amigo.

Seus pais, diante do corpo, percebem que o amputado citado pelo filho... era ele mesmo!!

Não consigo mensurar, a intensidade da dor daqueles pais. Perderam seu filho, por uma decisão egocentrica, mesquinha, desrregada de qualquer sentimento de compaixão pelo próximo - E este próximo... era seu filho.

Sem comentários...








Autor Desconhecido
Versão... George Brandão.